Folga amanhã, topa?
O descanso minha querida empreendedora, não é um prêmio para quem terminou. É parte do processo.
Amanhã é feriado, quem viu?
Quando eu comecei a empreender, achava o máximo dizer que não me preocupava com feriados. Aquela frase clássica (e bem inocente) de quem acabou de comprar os direitos sobre o próprio tempo:
“Faço minha agenda. Posso trabalhar no feriado e folgar numa quarta.”
Teoricamente, sim.
Na prática… nem tanto.
Porque empreender é, sim, ter autonomia — mas também é lidar com outras pessoas, outros negócios, outros calendários. E, sendo bem honesta, precisei de alguns anos (e algumas exaustões) pra entender que não, não é exatamente assim que funciona.
Me vi, muitas vezes, trabalhando na segunda, na terça, na quarta, no feriado e no fim de semana — como quem errou feio a matemática da própria liberdade.
Fiz da flexibilidade uma armadilha.
E me peguei, por muito tempo, romantizando estar sempre produtiva.
Romantizando essa agenda “flexível”, que no fundo só me mantinha no modo entrega — o tempo inteiro. Pois bem. Com muito orgulho, posso dizer que aprendi a lembrar dos feriados.
Amanhã é Corpus Christi — uma celebração que, pra quem vem da tradição católica, fala sobre presença, sustento e alimento espiritual.
E eu não poderia deixar de pensar o quanto isso conversa com o que eu tanto ensino por aqui: negócio também é sustento. É estrutura. É base. É o que mantém sua vida de pé — quando é construído com consciência, com direção, com clareza sobre o que te alimenta e sobre o que te esgota.
E se feriado, pra mim, já foi sinônimo de provar que eu podia tudo, hoje é símbolo de que eu escolho sustentar o que me faz bem. Porque negócio saudável não te devora, não suga sua energia vital. Te nutre. Te banca. Sem te custar a vida inteira.
E, especialmente tendo um noivo CLT (quem mora com um CLT vai entender, rs), percebi que tempo de qualidade não se ajusta só ao meu calendário.
Ele precisa ser uma escolha intencional — com presença física, mental e emocional.
Então, se no último fim de semana eu estava mergulhada numa imersão intensa, focada em aperfeiçoar a comunicação do meu negócio, digo com a boca cheia que quinta e sexta são feriados por aqui.
(O judiciário tem essa prática de emendar… então ser advogada precisa me dar alguma vantagem, né?)
Voltamos no sábado — e voltamos grandes.
Com um encontro absolutamente potente dentro da m2b, minha mentoria em grupo de negócios femininos — com acompanhamento individualizado, onde vamos falar, junto de uma terapeuta convidada, sobre as feridas internas que impactam diretamente no seu negócio, no seu dinheiro e nas suas decisões.
E, até lá, te deixo uma pergunta pra refletir:
Como você tem lidado com as suas folgas?
Porque, no fim, não existe negócio sustentável onde o descanso não cabe. É sobre construir um negócio que se paga, te banca, que sustenta sua vida — mas que não custe sua vida inteira para se manter de pé.
Com carinho e desejo de muito tempo de qualidade,
Bruna